MÚSICAS INESQUECÍVEIS

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

SAUDADES DE MIM



A saudade que dói mais fundo- e irremediavelmente- é a saudade que temos de nós. (Mario Quintana)



Tenho saudades de mim
Onde a vida corria sem fim
E a força das emoções
Soltava em jorradas
Gargalhadas,
Lágrimas e palavras
Em mil sensações.

Tenho mesmo saudades de mim...
Maria Souza



Hoje acordei com saudades de mim.

Saudades do que fui,e hoje ja não sou..
Alguem que eu éra e que o tempo levou..
Eu era feliz,e não sabia, tinha a quem amar, a quem me dedicar.
Quem sou eu agora?
Esta pergunta esta constante em minha mente.
Minha alma,ja não sabe mais o que sente.
Minha alma esta repleta de terna saudade agora.

Todo o meu Ser chora
Saudade de mim que ficou distante
Mas tenho é saudades de mim
Do que eu era antes.


Saudade é o inferno do que se perdeu,
é a dor do que ficou para trás,
é o gosto de morte que na boca se torna forte .


Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar
É olhar-me e não me enxergar
É saber que tudo que fui.
Nunca mais vai voltar..

Rouxinol Azul


Perdi-me dentro de mim

Porque eu era labirinto,
E hoje, quando me sinto,
É com saudades de mim.

Mário de Sá Carneiro

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

AS MÃES DO SOFRIMENTO


MÃES DA PRAÇA DE MAIO
As mães da Praça de Maio são mulheres que se reúnem na Praça de Maio, Buenos Aires (ARGENTINA) para exigirem notícias de seus filhos desaparecidos durante a ditadura militar na Argentina (1976-1983). Alguns pais, considerados subversivos, tiveram seus filhos retirados de sua guarda e colocados para a adoção durante os cinco anos de ditadura. Quando acabou a ditadura, muitos filhos estavam sob guarda de famílias de militares.

Ainda hoje, todas as quintas-feiras, as mães realizam manifestações na Praça de Maio, em frente à Casa Rosada, buscando manter o desaparecimento de seus filhos vivo na memória de todos os argentinos.




Mães da Sé na Praça da Sé SP
MÃES DA SÉ
Fundada em 31 de março de 1996, a Associação Brasileira de Busca e Defesa a Crianças Desaparecidas (ABCD) nasceu da iniciativa de duas mães de crianças desaparecidas, Ivanise Esperidião da Silva e Vera Lúcia Gonçalves.

A ABCD iniciou um movimento de mães que se tornou permanente. Sempre aos segundos domingos de cada mês, na Praça da Sé, no centro de São Paulo, um grupo delas leva em próprio punho cartazes com fotos de seus filhos desaparecidos na esperança de que alguém que esteja de passagem pela região possa ajudá-las com notícias sobre o paradeiro de seus entes queridos.

Foi por conta desses encontros, que não deixam de ser um protesto silencioso diante da ineficiência do Estado em solucionar o problema do desaparecimento de pessoas, que a entidade passou a ser conhecida pelo nome de Mães da Sé (numa alusão às Mães da Praça de Maio, na Argentina).

A ABCD, que surgiu para atender a uma demanda restrita a crianças desaparecidas em São Paulo, ampliou seu foco de atuação ao longo de sua existência. Atualmente, atende a demanda de familiares e amigos de pessoas desaparecidas em todo o país, independentemente da faixa etária.

Em pouco mais de 7 anos de existência, a ABCD já cadastrou mais de 5.000 casos de pessoas desaparecidas em todo o Brasil. Desse montante, cerca de 15%, ou 762 casos, foram solucionados.

"Tínhamos um sonho que era o de criar uma entidade que tivesse o reconhecimento do poder público e de toda a sociedade civil. Graças ao nosso trabalho, estamos transformando esse sonho em realidade e, de certa forma, amenizando a dor que sentimos em nossos corações", conclui Ivanise.


MÃES DE ACARI
No dia 26 de Julho de 1990, onze pessoas, sendo três meninas e oito rapazes, em sua maioria, moradores da favela de Acari, ou de suas proximidades, foram levadas à força por homens que se diziam policiais, do sítio em que se encontravam em Magé, região metropolitana do Rio de Janeiro. Eles ou seus corpos jamais foram encontrados.

Foi o primeiro grande crime, envolvendo grande número de vítimas de uma só vez, cometido por policiais, em serviço ou não, contra moradores de favelas e periferias pobres, no Rio e no Brasil. Apesar dos numerosos indícios e informações que apontam a participação de policiais militares e civis no sequestro, até hoje o inquérito não foi concluído e ninguém foi denunciado pela Justiça.

O Caso Acari também marcou, portanto, o início da época da impunidade escandalosa em casos de crimes cometidos pelo Estado brasileiro contra seus cidadãos, após o encerramento formal do regime ditatorial iniciado em 1964, e o suposto advento da democracia no país.

As “Mães de Acari” logo se tornaram símbolo da luta por justiça de pessoas comuns do povo, diante de tanta violência, corrupção, conivência e medo. Deram o primeiro exemplo a muitas mães, pais, irmãos e amigos que se seguiram. Mostraram que não se pode esperar por justiça deixando tudo por conta do Estado, esse mesmo Estado que abriga e promove tantos assassinos e torturadores.
MÃES DA CANDELÁRIA
A chacina da Candelária, como ficou registrada pela mídia, ocorreu na madrugada do dia 23 de julho de 1993 próximo às dependências da Igreja de mesmo nome localizada no centro da cidade do Rio de Janeiro. Nesta chacina, seis menores e dois maiores sem-tetos foram assassinados por policiais militares.


O que aconteceu na noite de quinta para sexta-feira no centro do Rio de Janeiro é chacina, coletivo de assassinato frio, brutal, premeditado. O chocante é que as vítimas foram sete crianças e jovens de 11 a 22 anos. O inominável é que todo dia quatro crianças brasileiras são chacinadas em condições parecidas. Passava da meia-noite e uns quarenta desses "meninos de rua", que a miséria privou de um teto, dormiam sob as marquises do generoso pé-direito de edifícios que margeiam a Igreja da Candelária. Estavam embrulhados em cobertores puídos no chão forrado por trapos de carpete. Chegaram dois Chevette, um claro, que na escuridão foi descrito como bege ou amarelo, outro café-com-leite, com uma faixa marrom nas laterais, confundido com um táxi. Do bege saíram quatro homens; do mais escuro, pouco depois, outros dois. Seguiu-se a barulheira de uma fuzilaria. Tiros, quase sempre na cabeça, mataram três na hora. Um deles, cambaleante, ainda atravessou a rua e emborcou na grama, em frente à igreja. 

A madrugada saturada de horrores não ficou aí. Não se sabe direito se pouco antes ou pouco depois do banho de sangue um Chevette amarelo, muito possivelmente o mesmo da chacina, abordou três rapazes a 500 metros da Candelária. Enfiados no carro, eles foram baleados e atirados num canteiro em frente ao Museu de Arte Moderna, a 3 quilômetros da outra matança. Dois morreram.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

O ASSASSINATO DE DANIELLA PEREZ

Tatiana Constant/AE
Daniella Perez foi morta num matagal no Rio, aos 22 anos, a três dias do réveillon de 1992, pelo ator Guilherme de Pádua, que contracenava com ela na novela da Globo De Corpo e Alma, e pela mulher dele, Paula Thomaz, 19 anos, que estava grávida de quatro meses. Casada com o ator Raul Gazolla, Daniella Perez recebeu 18 golpes de tesoura e teve quatro perfurações no pescoço, oito no peito e mais seis que atingiram pulmões e outras regiões.
O casal criminoso tinha tatuado, em seus órgãos genitais, os nomes um do outro, o que fez supor a existência de um pacto de fidelidade entre Paula e Guilherme. Guilherme foi um dos primeiros a comparecer ao funeral de Daniella para consolar Raul e a mãe da vítima, a escritora Glória Perez, mas tanto ele quanto a esposa logo foram presos e, um ano depois, já estavam separados.
Na tarde do dia 28 de dezembro, Daniella e Guilherme gravaram a cena do fim do romance de Yasmin e Bira, logo após a cena, o ator teve uma crise de choro e procurou inquieto por Daniella por diversas vezes no camarim, o que foi presenciado por camareiras do estúdio. Segundo as camareiras ele entregou a Daniella dois bilhetes mas a jovem se recusou a dizer do que se tratavam, apenas aparentou grande nervosismo.
No fim da tarde, Guilherme deixou o estúdio Tycoon na Barra da Tijuca onde a novela era gravada, foi até seu apartamento na Avenida Atlântica em Copacabana e buscou sua mulher Paula Thomaz , grávida de 4 meses. Munidos de um lençol e um travesseiro, o casal deixou o prédio novamente em direção aos estúdios Tycoon, onde Daniella continuava gravando. Ao chegar ao local, Paula ficou esperando no estacionamento deitada no banco de trás do Santana de Guilherme, coberta com um lençol enquanto o ator retornou ao estúdio.

Por volta de 21 horas, Daniella acabou de gravar suas cenas e deixou os estúdios se dirigindo ao estacionamento na companhia de Guilherme. No estacionamento tiraram fotos com fãs, após as fotos e depois de uma conversa, a atriz saiu do estúdio dirigindo seu Escort, logo após Guilherme saiu atrás dirigindo seu Santana. Minutos depois, Daniella parou no posto Alvorada localizado na Avenida Alvorada para abastecer. Na saída do posto, seu carro foi fechado pelo Santana de Guilherme que a esperava no acostamento. Após a fechada, os dois descem de seus respectivos carros e Guilherme defere um soco no rosto da atriz que cai desacordada, soco esse que foi presenciado por dois frentistas do posto. Guilherme então coloca a atriz desacordada no banco de trás de seu Santana, que passa então a ser dirigido por Paula. Guilherme toma a direção do Escort de Daniella e ambos os carros saem do Posto em direção à Avenida das Américas. Da Avenida das Américas, os carros entram na Rua Cândido Portinari, uma rua deserta da Barra da Tijuca, e param em um terreno baldio.
No terreno baldio, Guilherme e Paula começam a apunhalar Daniella dentro do carro, depois transportam o corpo da atriz para o matagal onde continuam as estocadas, não se sabe qual foi a arma do crime (tesoura, faca ou punhal). A perícia comprovou que Daniella Perez foi morta com 18 estocadas que atingiram o pulmão, o coração e o pescoço da atriz. O advogado Hugo da Silveira passava pelo local do crime, achou estranho dois carros parados em um local ermo, e pensando se tratar de um assalto, anotou as placas e pode ver que um casal estava no Santana, podendo ver também uma mulher de rosto redondo que concluiu se tratar de Paula Thomaz, posteriormente reconhecida pela testemunha. Hugo após chegar em casa chamou a polícia.

Paula Thomaz e Guilherme de Pádua foram presos e julgados por homicídio duplamente qualificado, ou seja, por motivo torpe e sem reação da vítima. Paula foi condenada a 18 anos e meio de prisão, e Guilherme, a 19 anos.


Na sentença, o juiz descreve o ex-ator como uma pessoa de "personalidade violenta, perversa e covarde” que colocou "acima de qualquer valor, a sua ambição pessoal".

Logo depois da prisão, o casal se separou.

Condenado a 19 anos de prisão pelo assassinato da atriz Daniella Perez, sua colega de elenco na novela “De Corpo e Alma” (TV Globo, 1992), Guilherme cumpriu um terço da pena, foi libertado há quase 12 anos ( 1999).
Paula Thomaz  retomou sua vida após deixar a prisão, em 1998, quando ganhou o direito de cumprir a pena de quinze anos em regime semi-aberto. Conseguiu o benefício alegando bom comportamento. Foi agraciada com indulto e teve a pena totalmente extinta em 2002 porque tinha menos de 21 anos na data da condenação e por ser mãe de um filho menor de 12 anos. A criança  nasceu na carceragem da Polinter, no Rio de Janeiro, onde Paula ficou presa. No total, ela ficou seis anos na cadeia.

Depois da morte de Daniela, a mãe, Glória Perez, iniciou um movimento nacional que mudou a lei e fez com que o homicídio qualificado fosse incluído na lista de crimes hediondos, o que restringe os benefícios do condenado.
CURIOSIDADE:
Guilherme de Pádua protagonizou, na cadeia, escândalos e tumultos. A ponto de ter sido transferido da 16a DP, para que se restabelecesse a ordem na delegacia, depois das denúncias de um companheiro de cela, que o acusou de participação na tentativa de fuga empreendida pelos presos e, inclusive, de ameaça-lo de morte.

Esse último episódio aconteceu quando um dos presos teve de ser levado a um hospital público: segundo Guilherme de Pádua, teve um ataque de asma. Segundo Wellington, seu companheiro de cela, foi desacordado por uma gravata aplicada por Guilherme, que ensinava golpes aos outros presos, para que os utilizassem na fuga contra os policiais. O preso foi levado para o hospital e -como se pode ler no noticiário anexo-, verificou-se que o depoimento de Wellington era verdadeiro.
Jornal do Brasil 22/07/93
O companheiro de cela do ator, Wellington Gomes da Silva Júnior, de 19 anos, contou ontem em depoimento à polícia que o assassino confesso da atriz Daniela Perez foi um dos mentores do plano frustrado. Segundo ele, Guilherme também ajudou a serrar a tranca da sua cela.

Denúncia _ No depoimento, o companheiro de cela do ator denunciou que o preso Cláudio Benedito da Silva, levado ao Hospital Lourenço Jorge, na Barra, supostamente com crise asmática na madrugada de domingo retrasado, dia 11, na verdade recebera uma gravata de Guilherme. O assassino ensinava aos presos golpes para usarem contra os policiais na hora da fuga.

Ainda de acordo com Wellington, Guilherme ´´servia de mulher“ para alguns presos e ´´instigava seus companheiros dançando e rebolando de sunguinha“. Ele ´´comprava proteção e silêncio distribuindo medicamentos e roupas“, disse o preso.

O delegado Antônio Nonato, da 16ª DP, colocou Wellington sozinho numa cela após depor. Nonato disse que os outros presos ouvidos negaram o depoimento de Wellington. Policiais acreditam, no entanto, que Wellington tenha contado a verdade e temem por sua vida se for transferido.

´Mulher` _ Wellington disse que o ator ´´servia de mulher´´ para Sérgio Caxias, gerente do ponto de drogas da Vila Operária, em Duque de Caxias; José Amaro, gerente do tráfico da Rocinha; Luís Cláudio e Cláudio Benedito.

O preso contou ainda que os companheiros colocaram ´´remédio moído“ na sua comida para deixá-lo sonolento e poderem agir sem o seu testemunho. ´´Guilherme me ameaçava dizendo que Paulo Ramalho iria acabar comigo“, disse.

Jornal do Brasil, 23/07/ 93
Segundo o preso, na madrugada do dia 11, quando num treino de caratê Guilherme deu uma gravata em Cláudio Benedito da Silva, deixando-o inconsciente, o companheiro de cela José Amaro dos Santos se ofereceu, se fosse preciso, para assumir toda a culpa.

O Boletim de Atendimento Médico do preso Cláudio Benedito confirma parcialmente a versão de Wellington. O laudo assinado pela médica Dirce Maria Coelho, do Hospital Lourenço Jorge, para onde Cláudio foi levado, diz que Cláudio chegou em semicoma, desmaiado em decorrência de esforço após exercício físico. No boletim não há referência à versão inicial dos presos, de uma crise de asma.

Namorado _ Wellington lembrou que Sérgio Ferreira da Costa, o Caxias, era o ´´namorado“ de Guilherme: ´´Eu os vi tendo relações sexuais“. Wellington disse ainda que Guilherme dormia sempre junto de Sérgio, José Amaro, Cláudio Benedito e Luiz Cláudio da Silva.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

ANOMALIAS

Qualquer coisa esquisita, anormal, estranha, incomum ou difícil de classificar é considerada uma anomalia. Anomalia é um evento irregular ou incomum que foge a uma lei ou regra padrão.
Anomalias sao alteraçoes no número ou estrutura do cromossomo durante algum evento falho da divisão celular.


Gêmeo Parasita (Fetus in Fetus):
É um exacerbo do caso dos siameses. Dois gêmeos não chegam a se separar completamente quando são zigotos e ficam unidos por alguma zona. Um destes gêmeos cresce enquanto o outro se atrofia ficando no interior do gêmeo são e dependendo completamente dele. Desconhece-se por que os gêmeos não se separam corretamente.


PROGÉRIA:
A Progéria tem origem em um único e pequeno defeito no código genético do bebê, mas tem leva a efeitos terríveis para a vida da criança que geralmente não chega aos 13 anos de idade. Desde os seus primeiros dias seus corpos super-aceleram o processo de envelhecimento por causa de um defeito nas pontas (telômeros) que prendem as fitas de DNA unidas no núcleo das células. Eles sofrem sintomas que incluem calvície, doença cardíaca, osteoporose e artrite. A doença é muyito rara afetando apenas um em cada oito milhões de nascimentos.


Síndrome do Homem Lobo (Hipertricose Lanuginosa Congênita):
As pessoas que padecem da doença ficam completamente cobertas por um longa lanugem (cabelo)    exceto
nas palmas das mãos e dos pés. O comprimento do cabelo pode chegar a 25 centímetros.
A lanugem é o cabelo fino (como se fosse uma penugem) que aparece nos recém nascidos e que desaparece normalmente depois do primeiro mês do nascimento. As pessoas que padecem desta forma de doença a lanugem persiste e pode crescer durante toda a vida ou desaparecer com os anos.

Epidermodisplasia Verruciforme:
É uma doença hereditária extremamente rara que leva a formação de verrugas na pele que nunca param de crescer. Ela costuma se manifestar entre um e 20 anos de idade e afeta normalmente as mãos e os pés. O único tratamento conhecido é a remoção cirúrgica das verrugas que voltam a crescer em seguida, o que exige cirurgias freqüentes.

 
macrodactilia:
É uma anomalia congênita rara, caracterizada por alargamento ou crescimento desproporcional dos dedos das mãos e pés, podendo acometer todo o membro. Está presente no nascimento, ou é reconhecida no início da infância, tendendo a ser progressiva durante o período normal de maturação esquelética.





segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

ÍNDIOS : A MORTE COMO TRADIÇÃO.


Os índios do Brasil não formam um só povo. São muitos povos diferentes de nós e entre si. Possuem hábitos, costumes e línguas próprias e, por isso, é errado pensar que todos os índios vivem da mesma maneira.

Quando os portugueses chegaram ao Brasil, aqui viviam cerca de 5 milhões de índios. As doenças trazidas pelos europeus e as constantes lutas entre índios e brancos fizeram com que muitos grupos desaparecessem.

Atualmente existem no Brasil aproximadamente 240 mil índios, distribuídos em cerca de 180 grupos diferentes.
No mínimo,  13 etnias indígenas no Brasil ainda praticam infanticídio contra crianças que nascem de mães solteiras, que possuem alguma deficiência ou que, segundo os índios, podem trazer alguma maldição para a tribo. Levantamento realizado pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa) revelou que entre 2004 e 2006, apenas a tribo Ianomâmi matou 201 crianças. E o pior é que, em nome do relativismo cultural, antropólogos e instituições como a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) defende que o índio tenha a “liberdade” de continuar nessa prática.

Para os índios, estão na lista dos “anormais” as crianças gêmeas, deficientes, filhos de mães solteiras, crianças que apresentam algum tipo de problema mental ou que possuem doença que ainda não foi identificada pela tribo.

Normalmente os recém-nascidos são abandonados no meio da mata, enterrados vivos (para que, segundo a tradição, possam ver a passagem para o “outro mundo”), asfixiados com folhas ou envenenados. Há também relatos de bebês flechados ou mortos a golpes de facão.

Entre as tribos em que o sacrifício de bebês é relatado estão as etnias ianomâmi, suruuarrá, uaiuai, bororo, tapirapé, caiabi, ticuna, amondaua, uru-eu-uau-uau e paracanã.

“Ninguém fala sobre o infanticídio, não é algo que eles se sintam confortáveis em comentar. É um tabu.”
Para alguns antropólogos, missionários  e integrantes da Funai, as noções de bem, mal, certo e errado são relativas a cada cultura. Por isso, os índios têm o direito de ter sua cultura respeitada, podendo continuar praticando o infanticídio indígena. “Eles defendem que, para algumas sociedades, a pessoa pode ser morta, e isso não ser percebido como morte. Sendo assim, enterrar viva uma criança que ainda não esteja completamente socializada não envolveria morte.
A convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) foi promulgada pelo governo brasileiro em 2004 por meio de decreto presidencial. O documento afirma que os povos indígenas e tribais “deverão ter o direito de conservar seus costumes e instituições próprias, desde que não sejam incompatíveis com os direitos fundamentais definidos pelo sistema jurídico nacional nem com os direitos humanos internacionalmente reconhecidos”.


domingo, 13 de fevereiro de 2011

MASTURBAÇÃO

A masturbação masculina é uma resposta sexual normal, que é descoberta naturalmente pois gera prazer. A masturbação masculina pode continuar pela vida toda do homem e isso não é motivo para se fazer julgamentos. Masturbação masculina pode contribuir para a saúde sexual do casal como variações sexuais.

A masturbação também não trás malefícios físicos. É importante não levar a sério os mitos da adolescência, como os de que ela faria crescer espinhas, aparecer pêlos nas mãos ou diminuir o vigor sexual da pessoa.


A masturbação feminina é um assunto considerado delicado por muitas pessoas. A mulher pode se masturbar, e isso é saudável. Os bloqueios impostos às meninas na infância e adolescência podem fazer com que elas se reprimam, e isso poderia dificultar sua resposta sexual e orgasmo. Masturbação feminina ajuda a mulher a se conhecer melhor sexualmente, o que a ajuda nas relações sexuais.


Para algumas mulheres a sua masturbação, feita por ela mesma ou pelo parceiro, é necessária durante a relação sexual para atingir o orgasmo. Isso é normal e deve ser encarada naturalmente.


A masturbação é o ato da estimulação dos órgãos genitais, manualmente ou por meio de objetos, com o objetivo de obter prazer sexual, seguido ou não de orgasmo, sendo uma prática sexual não-penetrativa.

A única possibilidade de que a masturbação possa ser prejudicial é quando se torna compulsiva. A masturbação compulsiva, bem como todos os comportamentos compulsivos, é um sinal de um problema emocional e necessita ser atendido por um especialista mental da saúde.

A masturbação é uma expressão natural e não provoca danos à sexualidade de homens e mulheres e é uma maneira perfeitamente boa experimentar o prazer sexual.


De fato, alguns peritos discutem que a masturbação melhora a saúde sexual aumentando a compreensão de um indivíduo de seu próprio corpo e de como as suas zonas eróticas podem vir a satisfazê-lo, construindo e promovendo assim uma auto-aceitação.
O ato de masturbar-se pode diminuir sensivelmente as chances do desenvolvimento do câncer na próstata, um dos mais freqüentes e temidos tumores masculinos, segundo artigo científico produzido por pesquisadores australianos e publicado  na edição eletrônica da revista New Scientist (leia na íntegra em inglês).

A pesquisa consistiu em entrevistar 1.079 homens com câncer na próstata sobre seus hábitos sexuais. Os resultados foram comparados com as respostas de 1.259 homens saudáveis na mesma faixa de idade. Com isso, os cientistas concluíram que quanto mais ejaculações os homens têm entre 20 e 50 anos, menor é a chance de tumor na próstata. O efeito preventivo é maior durante a faixa dos 20 anos. Quem ejacula mais de cinco vezes por semana nessa fase tem uma possibilidade um terço menor de desenvolver tumores malignos na próstata.

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), masturbação é indicador de uma sexualidade saudável e assim como outra atividade qualquer - como uma atividade física ou mesmo o ato sexual - é capaz de aliviar o stress.

Durante muito tempo a masturbação foi reprimida e as pessoas levadas a acreditar que sua prática poderia provocar espinha, cegueira e pêlos nas mãos. Foi vista como um ato de violentação contra o próprio corpo, de insanidade mental, e, ainda hoje, percebe-se em alguns meios resquícios desse peso cultural, relacionando à masturbação certo ar de pecado, culpa e proibição – mais associados às religiões que condenavam (e condenam) qualquer tipo de prazer e entendiam que sexo servia apenas para procriação, fazendo da masturbação algo contra a proposta de Deus. É preciso lembrar, no entanto, que afirmações relacionadas com o exercício da masturbação ser arriscado não é fundamentada, nem em fatos biológicos, muito menos psíquicos.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

APNÉIA DO SONO

A apnéia do sono é uma desordem comum que pode ser muito séria. Durante apnéia do sono a respiração pára ou fica muito fraca quando a pessoa dorme. Cada pausa na respiração dura geralmente entre 10 a 20 segundos, ou mais. Essas pausas podem ocorrer de 20 a 30 vezes ou mais a cada hora.

Quando o sono durante a noite é perturbado, a pessoa pode ficar bastante sonolenta durante o dia. Com apnéia do sono, a pessoa não tem um sono tranqüilo porque:

* Os rápidos episódios de apnéia ocorrem muitas vezes.
* A pessoa pode ter rápidas quedas de níveis de oxigênio no corpo.
* A pessoa vai do sono profundo para o superficial várias vezes durante a noite, resultando em queda na qualidade do sono.
Pessoas com apnéia do sono freqüentemente têm ronco alto. Porém, nem todas as pessoas que roncam têm apnéia.

Mais de 10% da população acima de 65 anos apresentam apnéia obstrutiva do sono. Num estudo publicado em 1993, entre americanos de 30 a 60 anos, 9% das mulheres e 24% dos homens apresentavam índices de distúrbio iguais ou maiores do que 5. Cerca de 2% das mulheres e 4% dos homens queixavam-se também de sonolência durante o dia.


Até as crianças podem apresentar apnéia do sono em 1% a 3% dos casos.
Os sintomas mais comuns são ronco, episódios visíveis de interrupção da respiração e sono excessivo durante o dia. O ronco pode ser excessivamente alto e interferir com o sono dos outros. Portadores de sintomas mais graves costumam acordar com sensação de sufocamento, refluxo esofágico, boca seca, espasmo da laringe e vontade de urinar.

A mortalidade entre os portadores da síndrome é significativamente mais alta entre os que não recebem tratamento adequado ou entre aqueles que apenas roncam sem experimentar momentos de apnéia. Diversos estudos mostraram que a síndrome está associada a aumento na incidência de infartos do miocárdio, derrames cerebrais e arritmias cardíacas.


Hipertensão arterial é encontrada em 70% a 90% dos que sofrem de apnéia do sono. Ao contrário, 30% a 35% dos pacientes que apresentam hipertensão essencial são também portadores de apnéia do sono.
As recomendações tidas como medidas gerais incluem a instituição de dieta hipocalórica nos casos de obesidades, abandono de ingestão de bebidas alcoólicas, de sedativos, em especial antes de dormir, manter uma boa higiene do sono, assim como tratar as doenças de base que se associam com SAOS (hipotireoidismo, acromegalia). A terapêutica medicamentosa tem um modesto papel na abordagem da apnéia obstrutiva. A utilização dos anti-depressivos tricíclios podem ter um efeito inibidor do sono REM, dificultando a identificação de apnéias que ocorram predominantemente nesta fase.

Na presença de anomalias anatômicas específicas tais como, hipertrofia de amídalas e adenóides, micrognatia, etc, estará indicada a cirurgia dirigida a corrigir estes defeitos.

Estima-se que a maioria das pessoas que sofrem de apnéia (só nos EUA, são 12 milhões) não é diagnosticada ou tratada. Os tratamentos para restaurar a respiração normal durante o sono incluem mudanças de hábitos de vida, cirurgia e dispositivos usados durante o sono para evitar a obstrução do fluxo de ar.

Os tratamentos disponíveis parecem reduzir a severidade de sintomas como o ronco forte e a sonolência excessiva durante o dia, melhorando a qualidade de vida do paciente. Os estudos disponíveis até o momento não permitem saber se os tratamentos para apnéia do sono reduzem significativamente o risco de doença cardiovascular e morte.