MÚSICAS INESQUECÍVEIS

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

ÍNDIOS : A MORTE COMO TRADIÇÃO.


Os índios do Brasil não formam um só povo. São muitos povos diferentes de nós e entre si. Possuem hábitos, costumes e línguas próprias e, por isso, é errado pensar que todos os índios vivem da mesma maneira.

Quando os portugueses chegaram ao Brasil, aqui viviam cerca de 5 milhões de índios. As doenças trazidas pelos europeus e as constantes lutas entre índios e brancos fizeram com que muitos grupos desaparecessem.

Atualmente existem no Brasil aproximadamente 240 mil índios, distribuídos em cerca de 180 grupos diferentes.
No mínimo,  13 etnias indígenas no Brasil ainda praticam infanticídio contra crianças que nascem de mães solteiras, que possuem alguma deficiência ou que, segundo os índios, podem trazer alguma maldição para a tribo. Levantamento realizado pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa) revelou que entre 2004 e 2006, apenas a tribo Ianomâmi matou 201 crianças. E o pior é que, em nome do relativismo cultural, antropólogos e instituições como a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) defende que o índio tenha a “liberdade” de continuar nessa prática.

Para os índios, estão na lista dos “anormais” as crianças gêmeas, deficientes, filhos de mães solteiras, crianças que apresentam algum tipo de problema mental ou que possuem doença que ainda não foi identificada pela tribo.

Normalmente os recém-nascidos são abandonados no meio da mata, enterrados vivos (para que, segundo a tradição, possam ver a passagem para o “outro mundo”), asfixiados com folhas ou envenenados. Há também relatos de bebês flechados ou mortos a golpes de facão.

Entre as tribos em que o sacrifício de bebês é relatado estão as etnias ianomâmi, suruuarrá, uaiuai, bororo, tapirapé, caiabi, ticuna, amondaua, uru-eu-uau-uau e paracanã.

“Ninguém fala sobre o infanticídio, não é algo que eles se sintam confortáveis em comentar. É um tabu.”
Para alguns antropólogos, missionários  e integrantes da Funai, as noções de bem, mal, certo e errado são relativas a cada cultura. Por isso, os índios têm o direito de ter sua cultura respeitada, podendo continuar praticando o infanticídio indígena. “Eles defendem que, para algumas sociedades, a pessoa pode ser morta, e isso não ser percebido como morte. Sendo assim, enterrar viva uma criança que ainda não esteja completamente socializada não envolveria morte.
A convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) foi promulgada pelo governo brasileiro em 2004 por meio de decreto presidencial. O documento afirma que os povos indígenas e tribais “deverão ter o direito de conservar seus costumes e instituições próprias, desde que não sejam incompatíveis com os direitos fundamentais definidos pelo sistema jurídico nacional nem com os direitos humanos internacionalmente reconhecidos”.


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